CASAMENTO (Leia e Reflita)
Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei suamão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou ejantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha quedizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei oassunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou ostalheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós nãoconversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria ummotivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma respostasatisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela maise sim a Cláudia. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha quedizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei oassunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixandopara ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher comquem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eufiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltariaatrás do que disse, pois amava a Cláudia profundamente. Finalmente elacomeçou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu mesenti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nasúltimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais pertoagora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesaescrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormiimediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com aCláudia.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não querianada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediuque durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de formamais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho fariaseus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício parapreparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento deseus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembroudo momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia emque nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu acarregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que elaestava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornarmeus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Cláudia sobre o pedido da minha esposa e ela riu muitoe achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condiçõesassim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar odivórcio", disse Cláudia em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo,então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foitotalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai estácarregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento.Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devoter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechouos olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre odivórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei nochão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar oônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meupeito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi quehá muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinhaenvelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seucabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muitoimpacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feitopara ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maiorcom o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Cláudia, mas ficava acada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvezmeus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentouuma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com umsuspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Euentão percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí afacilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carregatanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei obraço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na horade você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãetodas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçounosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eutive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tãoperto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, doquarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mãorepousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo.Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu asegurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhaspernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciandoestas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidadecom o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuroendereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar deidéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Cláudia abriu aporta e eu disse a ela "Desculpe, Cláudia. Eu não quero mais medivorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está comfebre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Cláudia. Eunão vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemosvalorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor.Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no diado nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a mortenos separe.
A Cláudia então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateua porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Euvoltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquêde rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostariade escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meusbraços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão eum grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto ondeencontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, maseu estava muito ocupado com a Cláudia para perceber que havia algoerrado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nossofilho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntosproporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã.Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam numrelacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro nobanco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas nãoproporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para seramigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro paramantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.
Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..
Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..
Fonte: Recebi por Email (Sibelle)
Edição: Emanoel Fernandes.