Internet: as ações mais perigosas e usadas pelos hackers

O presidente francês Nicolas Sarkozy é a mais recente vítima dos hackers, os sabotadores virtuais que assombram o mundo da internet. No último domingo, o perfil dele no Facebook foi invadido. A mensagem publicada pelos cybercriminosos dizia que Sarkozy havia decidido não ser candidato à reeleição em 2012, “devido às excepcionais circunstâncias do país”. Percebida a invasão, o presidente apressou-se em corrigir a informação. Terror de governos, personalidades – e de qualquer um que faça uso da web -, invasões desse tipo são um problema quase tão antigo quanto a internet.

Em 1998, até mesmo o Pentágono descobriu-se vulnerável aos hackers. De fevereiro a março daquele ano, o sistema de defesa americano sofreu o mais severo bombardeio virtual até então. Os computadores do Pentágono enfrentaram várias tentativas de invasão por parte de hackers. Os invasores conseguiram quebrar por várias vezes os códigos de proteção dos computadores, mas não chegaram a nenhum arquivo confidencial nem obtiveram informações militares secretas, segundo o governo. O principal responsável pelos ataques, um jovem israelense então com 18 anos, foi preso pouco depois.

Dois anos depois, o mundo virtual voltou a ser sacudido, desta vez por um ataque em massa – o mais violento e bem organizado de que se tinha notícia até aquele ano. Alguns dos sites mais conhecidos da rede – como o do Yahoo! e da rede americana CNN – ficaram horas fora do ar, com seus computadores paralisados por uma barragem descomunal de ordens desconexas enviadas pelos sabotadores. O que mais espantou foi a estratégia de ação dos hackers. Durante semanas eles plantaram programas agressores em computadores no território americano.

Em 2010, os hackers voltaram a realizar um ataque organizado, desta vez para sair em defesa do australiano Julian Assange, o ex-hacker que criou o WikiLeaks – site que fez estremecer a diplomacia mundial com a divulgação de 250 000 mensagens confidenciais trocadas entre Washington e 270 embaixadas e consulados americanos no mundo. A ação organizada contra as operadoras de cartões de crédito MasterCard, Visa e contra o PostFinance, o braço financeiro dos correios da Suíça, chegou a ser considerada por alguns a primeira guerra cibernética relevante na era da rede mundial de computadores.

Nem mesmo os milionários escapam dos hackers. Em 2001, o ajudante de cozinha nova-iorquino Abraham Abdallah bisbilhotou informações de algumas das 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos incluídas na lista anual publicada pela revista americana. Sua lista de vítimas incluiu a apresentadora de TV Oprah Winfrey e os empresários Larry Ellison, dono da Oracle, Paul Allen, fundador da Microsoft. De posse dos números que constavam nos extratos de cartões e contas bancárias, ele fazia transações em nome de suas vítimas, desviando o dinheiro para sua conta pessoal. Abdallah foi preso pouco depois, acusado de ter cometido o maior roubo de identidades da história da internet.

O Brasil é o quarto país mais exposto aos crimes virtuais. No ranking dos crimes eletrônicos que mais crescem, o que atenta contra o patrimônio ocupa o primeiro lugar: só os programas destinados a invadir contas bancárias infectam 195 computadores por hora no país. Isso significa que a rede virtual é um campo minado e que usá-la para fazer compras ou transações bancárias se tornou um comportamento de risco? Absolutamente, não. Quer dizer apenas que o mundo virtual está mais parecido com o mundo real: em ambos, as ameaças existem. E, em ambos, é preciso se precaver contra elas.
Fonte: Canal pb

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