Hamas prende cabeleireiro que atendia mulheres em salão
O grupo fundamentalista palestino Hamas prendeu um cabeleireiro que atendia mulheres na cidade de Gaza, informou o jornal britânico "The Independent". Esta foi a primeira vez que uma lei islâmica aprovada no ano passado, proibindo que homens cortem o cabelo de mulheres, resultou em prisão na Faixa de Gaza, que é administrada pelo Hamas.
Depois do anúncio da prisão, outros cabeleireiros de Gaza abandonaram os salões em que trabalham, temendo ter o mesmo destino do colega de profissão. Para muitos muçulmanos, a presença de profissionais masculinos em salões femininos fere o Islã. Tais salões costumam ser alvos de ataques dos mais radicais.
A prisão, além do aspecto religioso, tem um forte componente político. O Hamas quer com ela dar uma resposta a críticos que afirmam que o grupo está se tornando moderado. Uma das diretrizes básicas do Hamas é a luta pela destruição de Israel.
