Jovem diz que foi obrigado a confessar assassinato da irmã


 A polícia suspeitou do menino porque ele se manteve "muito calmo" (Foto Divulgação)

Condenado aos 12 anos pela morte da irmã de 11, um jovem americano tem afirmado que foi forçado durante o interrogatório a "confessar" que assassinou a menina. Segundo Thomas Cogdell, agora aos 18, os policiais disseram que ele receberia a pena de morte se não fizesse a confissão.

A princípio, a polícia suspeitou do menino porque ele se manteve "muito calmo" após encontrar a irmã morta asfixiada por sacos plásticos na casa da família, em uma cidade de Arkansas.

Segundo o jornal local "The Commercial Appeal" noticiou em agosto de 2006, o jovem foi acordado por sua mãe, Melody Jones, durante a noite e os dois encontraram a menina Kaylee morta em sua cama, com a cabeça coberta por dois sacos plásticos amarrados com uma fita métrica e uma coleira de cachorro.

Segundo o jornal local "The Commercial Appeal" noticiou em agosto de 2006, o jovem foi acordado por sua mãe, Melody Jones, durante a noite e os dois encontraram a menina Kaylee morta em sua cama, com a cabeça coberta por dois sacos plásticos amarrados com uma fita métrica e uma coleira de cachorro.

Enquanto a mãe ficou histérica, registrou o jornal, o menino calmamente ligou para a polícia relatando o ocorrido, o que levou os oficiais a desconfiarem de Cogdell.

A gravação do interrogatório mostra o menino negando o crime 36 vezes. Mas no momento em que ele pede um pouco de comida aos policiais, a gravação é interrompida e só se retoma 3 horas e meia depois, com a confissão.

e acordo com o "The Commercial Appeal", durante a pausa os oficiais disseram que Cogdell poderia voltar para casa se confessasse, mas que ele iria para a cadeia se continuasse negando. "Eu estava apavorado. Eles não acreditavam em mim e disseram que me dariam a pena de morte", disse ele em uma entrevista recente.
Ele então não sabia que a pena de morte não é aplicável a menores de idade nos Estados Unidos. Também imaginou que exames de DNA apontariam sua inocência. A investigação encontrou DNA de um homem não identificado no quarto da menina, e não conseguiu retirar impressões digitais claras.

Mesmo assim, o menino foi condenado com base apenas em sua confissão. Ele passou dois anos preso até ser libertado por um juiz sob a alegação de que ele foi interrogado de forma injusta. No entanto, Cogdell continua respondendo na Justiça por homicídio.
Suspeitas e polêmica

Os avós do jovem acreditam que a mãe dele, Melody Jones, é a autora do crime. Durante a investigação, ela chegou a confessar que bateu na menina na noite anterior e que às vezes esquecia de tomar os remédios para transtorno bipolar, mas nega que tenha matado a filha. Tampouco acredita na culpa do filho.
"Havia DNA de um homem desconhecido em minha casa, você já ouviu alguém falar nisso? Nada", afirma a mulher.

Apesar de o caso trazer à tona uma discussão sobre os métodos de interrogatório da polícia nos Estados Unidos, o promotor do caso disse ao jornal local que não houve prova de qualquer fato que colocasse em dúvida a evolução do processo.
Kaylee Foto Reprodução
Fonte: Terra

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