Traficante mexicano ultrapassa Pablo Escobar e vira mito
El Chapo é tão rico que sua fortuna ultrapassa 1 bilhão de dólares | Foto: Reprodução
México - Um traficante mexicano conhecido como “Baixinho” ultrapassou o colombiano Pablo Escobar e é o comerciante de drogas mais poderoso da história, segundo o governo americano. Para investigadores, o alcance das negociações de Joaquín Guzman engloba mais países e mais tipos de drogas que o colombiano morto em 1993. Em comum, os dois têm a extravagância para esbanjar o poder acumulado.
Em 2007, o Departamento de Tesouro classificara ‘El Chapo’ (O Baixinho) Guzman como “o traficante mais poderoso do mundo”. Mais recentemente, a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) considerou que o mexicano de 1,68 metros é o mais influente da história, segundo a revista ‘Forbes’.
A avaliação leva em conta que os negócios de Escobar eram baseados na exportação de cocaína. Já Chapo não só transporta essa droga, da Colômbia para os Estados Unidos, mas lida com maconha, heroína e metanfetami na, vendidas também para a Ásia e a Europa, segundo informações passadas à ‘Forbes’por um oficial da DEA, cujo nome não foi relevado.
Chefe do Cartel de Sinaloa, Guzman está foragido desde 2001, quando pagou 2,5 milhões de dólares para sair de uma prisão mexicana. O plano para a fuga do bandido envolveu 78 cúmplices.
‘El Chapo’, de 54 anos, é tão rico — sua fortuna ultrapassa 1 bilhão de dólares — e influente que a vida clandestina não o impede de esbanjar. Anos após a fuga, continua frequentando restaurantes de luxo. Segundo a imprensa mexicana, seus cúmplices, sempre fortemente armados, retiram os celulares dos outros clientes dos restaurantes e anunciam que a conta será por conta de Guzman.
O traficante é conhecido também por ser apreciador de bons vinhos e de belas mulheres. Em 2007, o bandido se apaixonou pela candidata a miss Emma Coronel Aispuro, que na época tinha 17 anos. Ela deu à luz pelo menos um filho do ‘El Chapo’, em território americano.
Armas com detalhes em ouro e brilhantes são comuns na quadrilha de Guzman | Foto: EFE
Guerra já matou 47 mil
Por trás da vida de glamour de traficantes como ‘El Chapo’ é travada uma guerra sangrenta, que está bem distante do fim. Este mês, a Procuradoria Geral mexicana divulgou que, só no ano passado, 9.830 pessoas morreram na guerra envolvendo cartéis de drogas e autoridades mexicanas. Desde 2006, já foram mais de 47 mil vítimas.
A situação no México piorou depois da decadência dos cartéis colombianos. Bandidos locais disputam para ver quem vai dominar o tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Fonte: O Dia