Com 4 chifres na cabeça e o corpo tatuado, morador de Brasília ainda se acha careta
O body piercing Wildson Santos, 26 anos, também conhecido como Dark Vírus ou Meia Noite tem uma aparência assustadora. Amante de filmes de terror, ele tem o corpo quase todo tatuado, mais de 15 piercings, inclusive genitais, quatro chifres na cabeça, tatuagem nos olhos, unhas grandes e bem pintadas, dentes de vampiro e língua cortada.
Apesar de causar estranheza e levantar julgamentos por onde passa, Wildson não se importa com a opinião das pessoas, gosta de causar medo e se considera careta. Não bebe e nem fuma, trabalha desde os 16 anos, tem simpatia pelo budismo, se acha bonito e tem vergonha de morar em um país tão preconceituoso.
Ao passar pela rua, a reação das pessoas é quase a mesma. A maioria o observa atentamente sem disfarçar, algumas xingam e outras chegam a fazer o sinal da cruz, mas Wildson diz não se importar.
— Acredito que quem fala mal de mim, sente inveja por não tem coragem de fazer o que quer com o próprio corpo
Wildson conta que, desde criança, sempre quis ser uma pessoa diferente. Ele fez a primeira tatuagem e colocou o primeiro piercing com 16 anos, em uma época em que essas modificações eram algo raro de se ver. Depois disso, não parou mais.
Apesar de causar estranheza e levantar julgamentos por onde passa, Wildson não se importa com a opinião das pessoas, gosta de causar medo e se considera careta. Não bebe e nem fuma, trabalha desde os 16 anos, tem simpatia pelo budismo, se acha bonito e tem vergonha de morar em um país tão preconceituoso.
Ao passar pela rua, a reação das pessoas é quase a mesma. A maioria o observa atentamente sem disfarçar, algumas xingam e outras chegam a fazer o sinal da cruz, mas Wildson diz não se importar.
— Acredito que quem fala mal de mim, sente inveja por não tem coragem de fazer o que quer com o próprio corpo
Ele faz parte da tribo body mod (body modification) que reúne pessoas que fizeram alterações no corpo, com o intuito de diferenciar o indivíduo de outros.
De descendência indígena, Wildson acredita que todas as tatuagens e modificações, apesar de dolorosas, têm um significado místico.
— A tatuagem faz parte do rito de passagem indígena e a dor tem que ser sentida para lavar alma. Se não doer, não vale a pena.
Para ele, o preconceito é o preço que se paga por ser diferente.
— As pessoas que não me conhecem, acham que sou vagabundo, drogado, desempregado e tudo de errado.
Mesmo com a aparência estranha, Wildson tem mais de 2 mil seguidores no Facebook, e muitas pessoas já tentam copiar o estilo do rapaz. Para ele, a principal mudança deve vir de dentro.
— O conselho que dou para quem quer ser igual a mim é que comece a mudança pela mente. Não precisa mudar a aparência, se você não mudar o interior. Mesmo sem conhecer, desejo o bem a quem me quer bem.
À noite, Wildson trabalha com DJ e toca o estilo cyber gótico em festas de Brasília.
Fora do trabalho, Wildson gosta de usar saias e vestidos, calças apertadas e maquiagem bem marcada. Ele tem a metade da cabeça raspada e explica que o corte representa sua personalidade, pois o cabelo representa apego aos bens materiais, já que ainda é ligado a videogames e filmes
Nas horas livres, Wildson gosta de assistir filmes de terror antigos e ler. Filmes franceses e trashs dos anos 80 e 90 são os preferidos. A maioria das tatuagens no corpo de Wildson, inclusive, são de personagens de filmes de terror.
Na página do Facebook de Wildson, uma frase chama a atenção:
“Quando as pessoas falam que vou para o inferno, fico feliz, de certa forma, por saber que não vamos estar no mesmo lugar”